O candidato João Alberto, do PP, por exercer o cargo de diretor da guarda, aplicar a validar multas, teria que se desincompatibilizar 6 meses antes da eleição. Não o fez. Fez apenas 3 meses antes; tenho o ato de exoneração dele, assinado pelo prefeito Tiago, dia 13 de agosto e já entregue ao Ministério Público Eleitoral.
A AIME deve ser proposta até 15 dias após a diplomação. Se acolhida a ação, o PP perde a votação dada ao candidato e pelos novos cálculos entre o candidato Bueno, do PT.
E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José?
Passaram-se as eleições municipais. As relações inter-pessoais terminaram. Os amigos sumiram. A ideologia morreu. Os grupos de whatsapp desapareceram.
Domingo. Acordo um tanto sem rumo. Fico e refletir na fragilidade das relações. As convicções não resistiram a um resultado desfavorável. Quando tudo deveria ser motivo de unidade, tudo passou a ser motivo de dispersão.
As pessoas são movidas por interesses. Fico a observar. Vale quanto banca. Nascemos sós. Vamos sós. Triste – mas real – constatação. Pensei em almoçar. Mas a depressão da solidão assusta. Tristeza. E agora José?
Em Pernambuco, o PSL e toda a direita bolsonarista decidiram apoiar a candidata a prefeita de Recife, Marília Arraes, do PT, neta do líder histórico Miguel Arraes. O casamento é perfeito e serve para reflexão de alguns políticos locais que se acham puros.
A Brasil cai nesse debate estéril, afinal a morte do João Alberto foi racismo ou não.
É contraditório esse debate, é claro que não foi e é evidente que foi.
A cultura na elite do nosso país é tratar o negro com discriminação e preconceito sempre. Imaginem o que pensa um segurança do Carrefour?
Talvez a intenção covarde dos agressores, num primeiro momento, até nem fosse racial, mas quando viram que se tratava de um negro, trataram de mostrar força e esbanjar abusos. O que não era racismo, acabou sendo.
É evidente que se fosse um moço loiro, de olhos verdes ou azuis, o uso da força seria moderado, com toda a certeza.
Mas, o pobre do João Alberto, era negro. Pagou o preço, custou-lhe vida.
Nós somos altamente preconceituosos e racistas, negar isso é negar as evidências dos fatos que afloram em todos os lugares.
Idiotice é ficar discutindo a ficha corrida policial da vítima, como se isso abrandasse a crueldade de sua morte.
Se não era racismo, acabou sendo, ponto, a sociedade não é boba e as pessoas sabem bem a extensão do preconceito que grassa em nosso meio.