
*JULIO PRATES
Eu impetrei um Mandado de Segurança contra ato do governador do Estado de então, José Ivo Sartori. A votação, no pleno do TJ-RS, onde votam 25 desembargadores. Era o ano de 2018.
Como eu havia desistido de advogar na justiça do trabalho, em 2017, devido a reforma Temer, entrei pelo lado que eu mais entendia, que era o direito público.
Me lembro bem, em 2017, o juiz do trabalho perguntou meu endereço profissional e eu disse que era na rua Júlio Prates de Castilhos, que é o nome da av. Julio de Castilhos. Uma conhecida colega saiu debochando de mim e dizendo que eu estava bêbado, com certeza, ela sequer sabia o nome completo do ex-governador gaúcho, que é exatamente Júlio Prates de Castilhos.
A soberba e a pretensão me fazem mal. E ela seguiu anos debochando de mim, não se tocando que tudo era ignorância dela.
Quando eu disse que faria sustentação no TJ-RS contra o governador Sartori, todos me davam conselhos, dizendo que era muito difícil eu vencer, pois eu precisava de 13 votos favoráveis a minha tese contra a PGE. Até entendo, que saindo do Direito do Trabalho, tudo na justiça estadual era novo para mim.
Curiosamente, eu me convenci das razões do meu cliente e entendi diversamente as teses que seriam defendidas pela PGE. Estranhamente, eu sabia que era muito fácil vencer.
Terminado tudo, venci a PGE por 25 votos a zero e segui ganhando no STJ e no STF.
Imaginem se eu ouço os bons conselhos que diziam que era muito díficil eu vencer a PGE, ainda mais contra ato do governador do Estado.
A minha tese era simples demais. O meu cliente não poderia ser punido no âmbito do direito administrativo e que seu suposto crime poderia até ser âmbito criminal, mas jamais tinha a ver com o direito administrativo.
Tamanha era minha convicção e certeza, que venci no pleno- do TJ-RS, no STJ e no pleno do STF.
Eu não sou mais inteligente que ninguém. Sou um homem pobre e tenho uma vida simples e singela. Apenas estudo quando me convenço de alguma coisa. Digo isso porque vou mover uma grande ação nos próximos dias e tenho a mesma convicção de que ganharei, afinal são tantas as impropriedades do caso que chegam a assustar, embora eu tenha ouvido pessoas experientes e trocado experiências com muita gente amiga de Brasília e São Paulo.
Nunca perdi no TRT e nem no TST. Eu estou com uma derrota parcial trancada no meu peito, mas como diz meu amigo DR. DUDA DIEFEMBACH “o Júlio nunca desiste”. Meu amigo me definiu bem, grande e raro ser humano, para eu desistir, só morto. Por isso, a luta segue.
*Autor de 6 livros todos publicados pela PALLOTTI e GRUPO EDITORIAL FRONTEIRA-OESTE, jornalista nacional com registro no MtB nº 11.175, Registration International Standard Book Number nº 908 225 no Ministério da Cultura do Brasil, desde 17 de abril de 2008, Sociólogo 1983/1987, 90/91, Advogado 1994/2004 e Teólogo 2021/2024. Pós-graduado em Leitura, Produção, Análise e Reescritura Textual 2007/2008, com o livro A LINGUAGEM JURÍDICA NA IMPRENSA ESCRITA e também Pós-graduado em Sociologia Rural, 2000/2001, com o livro O IMPACTO DO MERCOSUL NAS PEQUENAS PROPRIEDADES FAMILIARES DO RIO GRANDE DO SUL ( não editado). Embora santiaguense, autor de 6 livros e editor de 23, até hoje nunca foi convidado para a Feira do Livro de Santiago.