Lula lidera com 44%
Bolsonaro está com 32%
Ciro Gomes está com 6%
Tebet está com 2%
Vera está com 1%
Jornalista
Lula lidera com 44%
Bolsonaro está com 32%
Ciro Gomes está com 6%
Tebet está com 2%
Vera está com 1%
Sem grandes teorizações, o resultado é este:
GOVERNO
SENADO
1º – Olívio Dutra – 25%
2º – Ana Amélia – 23%
3º – Mourão – 16%
4º – Nádia – 2%
Comentando
A campanha eleitoral parece mesmo definida no Rio Grande do Sul. O bolsonarismo está em baixa, seja pela votação de Ônix, seja pela baixíssima intenção de votos de Heinze. A tal comandante Nádia, com 2%, é um desastre ao senado, onde Olívio Dutra, recém lançado, lidera a corrida.
Eu não conheço essa comandante. Apenas ouvi seu discurso na convenção. Fiquei impressionado pelo radicalismo, defendendo a opressão ainda maior contra os presos, como se as condições carcerárias gaúchas fossem humanizadas e ressocializantes. O tom do seu discurso é amargo, feroz, violento, e isso espantou até as pessoas que estavam próximas a mim. Não sei de onde que tiraram que essa senhora teria liderança para disputar com o mesmo espectro de Mourão e de Ana Amélia. O resultado das intenções de votos não me surpreendem.
Outra constatação é que o público petista que vota em Olívio Dutra não suporta a arrogância de Edegar Preto, isso ficou visível no debate da Band e a pesquisa de hoje corrobora isso. Os petistas votam em Olívio, mas não votam em Preto. Isso é visível, era visivel, só a teimosia da burocracia petista que insistiu nesse desastre previsível. Beto era o nome para unir a esquerda, ou até Manuela.
As conclusões óbvias:
1 – Adegar Preto não agrega, é sectário, divisionista, radical demais e não convence ninguém.
2 – Oívio Dutra é maior que o PT e seu nome é quase uma unanimidade. O público gaúcho não fez a associação que os burocratas do PT sonharam.
3 – A coligação PP/PTB é um desastre. A vice Tanise não agrega as mulheres e nem tem influência nas regiões metropolitanas. Houve uma péssima leitura dos teóricos desses partidos.
4 – Péssima leitura, da mesma forma, foi imaginarem que a comandante Nádia, defendendo a opressão no meio evangélico, teria algum êxito. É mais um eixo na sucessão de desastres.
5 – Eduardo Leite é honesto, limpo, um cara na dele, e o povo gaúcho gostou do seu estilo. É anti-bolsonarista assumido e Ônix vai sofrer no segundo turno, pois os petistas e trabalhistas e todo o espectro de esquerda e centro-esquerda gaúcho votarão em Eduardo no segundo turno. Ônix, no máximo, pega alguma coisa do eleitorado de Heinze. Eduardo ganhará fácil, exceto alguma bomba atômica.
Está marcado para o dia 22, no TRE, o julgamento dos recursos que envolvem o prefeito de Capão do Cipó, senhor Osvaldo Froner.
Serão duas ações eleitorais procedentes da justiça eleitoral a quo de Santiago.
Estou em espírito de oração.
O poeta romano Catulo, numa de suas odes, produziu essa magnífica expressão. Traduzindo, quer dizer: odeio e amo. Aparentemente, há um desacerto e a primeira vista as pessoas, que são movidas por raciocínios mecânicos, não aceitam a possibilidade possível dessa dicotomia. Nossas almas, no entanto, são eivadas dessas contradições, afinal, amamos e odiamos numa mesma dimensão temporal. Contudo, raramente admitimos a coabitação desses sentimentos.
Eu odeio e amo muitas coisas, amo outras tantas e odeio outras. Não prevalece em mim só o amor ou só o ódio, prevalece em mim o misto dicotômico.
E não estou me referindo a amor inter-sexual, que é o suposto amor que une um homem e uma mulher ou duas mulheres e/ou dois homens, embora nessas uniões conjugais também esteja presente os extremos.
O exemplo, a rigor, sintetiza os dramas que habitam nossas almas. Nossas indefinições, incertezas, dúvidas e certezas. Bondade e maldade habitam o mesmo corpo. Pessoalmente, não acredito em pessoas boas, só boas o tempo todo. E nem em pessoas más o tempo todo. Acredito em pessoas que sejam boas e más, dependendo do caso, da situação e das conjunções envolvidas.
E creio que tudo é assim na vida. Acredito no cinismo, no fingimento e na falsidade. Acredito e cultuo o sarcasmo, pois vejo nesse valor um precioso instrumental de argumentação. Não gosto de definições prontas e acabadas. Gosto de tudo que está em vias de construção. Não vejo o conflito com ruim, gosto do caos para dele dar a luz uma estrela cintilante, parafraseio aqui o filósofo alemão niilista.
Existem épocas no ano que aflora um processo de descarga coletiva de consciência e quem nunca foi socialista, experimenta pelo menos nessas épocas, um pouquinho do ser solidário. Pena a solidariedade desencarne logo, assim como a páscoa, dia das mães, dia das crianças, dia dos mortos… tem até o dia das mulheres.
Também amo e odeio. Não poderia ser diferente, sou emoção e uma síntese entre a razão e a incerteza, um caos entre as luzes e as trevas.
Poderia ser diferente?