Contatos com mortos

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JANDIRA DE LIMA PRATES
JANDIRA DE LIMA PRATES
NINA MELLO PRATES
NINA MELLO PRATES

Eu sempre fui muito cético quando o assunto é matafísica. Não acredito em quase nada e sempre afirmei que só acreditaria se realmente tivesse algum contato com pessoas mortas.

Com as crises de hipoglicemia confesso que fui duramente atingido. Tive duas crises muito profundas e, felizmente, nas duas consegui recobrar minha consciência.

Foram duas crises bem agudas, pois quando cai, inconsciente, sofri muito, é uma sensação horrível. Como eu vivo e moro sozinho não tenho outra alternativa a não ser buscar esforços pessoais e psíquicos pela retomada da normalidade. Na verdade, tive 6 crises, mas duas delas foram muito agudas, em ambas cai inconsciente e levei um bom tempo para recobrar a memória.

Contudo, nas duas, lembro-me bem que eu pedia socorro. Não sei, até hoje, se a gente realmente pede e fala, ou se apenas imagimamos que falamos. Fiquei sempre com essa dúvida, pois só tenho câmeras no lado de fora da casa e não tenho dentro de casa.

Mas, na primeira, lembro-me bem, eu chamei muito pela NINA. Confirmo a mesma sensação, eu não sei se realmente a chamava ou era tudo produto de minha imaginação. De qualquer forma, é sempre muito gratificante pensar na NINA e o vínculo que criei com ela, cuidando-a desde que nasceu até seus 4 anos, foram muito marcantes.

Entretanto, a segunda crise que eu tive foi mais surreal, pois eu chamava, e me lembro bem, que eu sempre chamada minha mãe. Chamei muito minha mãe, mas eu tinha a sensação que ela estava na sala da casa, onde é meu escritório, e, embora eu gritasse por ela para ir até o banheiro onde eu estava caído, a sensação que eu fiquei era que ela ficava sempre na sala. Só que meu estado era tão grave que nunca, em momento algum, eu me toquei que minha minha mãe é morta há mais de 20 anos.

Quem veio me socorrer, após recobrar a memória, foi meu amigo Arthur Viero. Com ele, veio sua companheira, a Rosane Fontella, de São Borja, que é envolvida com mediunidade e espiritismo, embora eu não creia nessa possibilidade possível. Mas ela e ele ficaram um bom tempo comigo e ao contar que eu chamava minha mãe, sem me tocar que ela é falecida, vieram as teses e as sugestões de ROSANE.

Ouvi-a atentamente e embora meu lado muito forte, quase cem por cento ateu ou agnóstico, me chamou muito  atenção a certeza de que minha mãe estava na sala de casa. A Rosane veio com longas explicações, todas respeitáveis, em que pese minha absoluta ignorância sobre tudo isso.

Curiosamente, eu não tenho medo disso tudo e mesmo que fosse, em tese, a presença de minha mãe em espírito, nada me assusta, embora minha resistência racional em admitir a presença de espírito, embora eu próprio não acredite em espíritos.

Saindo do Hospital, voltei para casa e confesso que fiquei um pouco impressionado. Mas não muito, apenas um pouco mais seguro, pois se existe espírito e o espírito de minha mãe estava em minha casa, e ela acompanhou tudo o que eu passei, não é ruim, é até bom, pois eu tenho certeza que minha mãe  me amava muito.

Eu nunca tive medo da morte e é tudo um assunto que eu encaro com muita naturalidade. Nunca ensinei a Nina ser atéia e se ela escolheu esse lado em sua vida, apenas respeito. Questões que eu nunca quis opinar e sempre respeito é a escolha de religião das pessoas ou suas crenças. Admito que tenho mais incertezas e dúvidas que certezas, que são poucas e raras.

 

 

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