O cinismo da esquerda e a apologia ao cadeiraço

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Eu nunca me liguei no debate municipal de São Paulo. Prefiro sempre acompanhar as notícias no oriente médio e pari passu vivo minha afetividade com os palestinos em Gaza.

Se votasse em São Paulo meu voto seria quieto em Boulos. Não sei nada sobre Marçal, mas nada mesmo, exceto que levou uma cadeirada de Datena.

Quem acompanha as redes sociais no país, como eu acompanho, fico chocado ao ver canais de professores da USP, todos doutores e pós-doutores, elogiando a atitude bárbara de Datena, que virou ícone da esquerda do dia para a noite.

Não vi nenhuma voz crítica reprimindo a violência e mesmo pregando a paz e a não violência.

A conclusão a que eu chego, solitário em Santiago, é que sou uma voz perdida, sem eco e limitado a anotar o que observo.

O risco da apologia da esquerda ao ódio e a defesa da truculência, como fez Datena contra Marçal, depõe contra o mundo civilizado e incentiva episódios semelhantes e similares.

A provocação de Marçal faz parte do debate e isso eu sei bem, seja como advogado, seja como sociólogo. Agora, a apologia a violência contra Marçal, como estão fazendo todos os canais esquerdistas e esquerdizantes, passa um péssimo atestado para a população brasileira e mundial, afinal o episódio virou manchete em todo o mundo.

Sinceramente, ao revirar meus canais do dia de ontem, confesso-me surpreso e estarrecido. A ampla simpatia ao gesto brutal de Datena ocupou boa parte dos debates, quase sempre na mesma linha: incentivo a violência, como se a política fosse a arte de calar os adversários na base da cadeirada.

O exemplo que vem de São Paulo escancara o lado mais cínico de nossa política e os canais de esquerda, que são árduos defensores da paz e do pacifismo, são os primeiros a incentivar a violência e a fazer apologia aos atos bárbaros e violentos.

 

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