O debate entre os candidatos a presidência da república, na noite desse domingo na BAND, foi marcado por altos e baixos.
O primeiro bloco, Bolsonaro estava um tanto recuado, e não há como negar que Lula levou vantagem, especialmente no debate sobre pandemia.
Agora, quando o debate adentrou no mensalão e petrolão, Petrobrás, Bolsonaro colocou Lula na defensiva. Bolsonaro descontraiu e soltou-se bem mais. Lula perdia tempo explicando as ofensivas.
O último bloco, Bolsonaro teve uma nítida vantagem, foi bem melhor, mais didático e ampliou bem suas propostas e foi enfático nas críticas.
A novidade da BAND no formato do programa deve ser elogiada. Foi mil e deu um show.
Foi um debate bem razoável de conteúdo.
Os petistas que apostavam no fracasso de Bolsonaro, criaram uma expectativa no público de que Lula massacraria Bolsonaro e nada disso aconteceu. Foi o contrário. Lula parecia perdido na questão do tempo.
Bolsonaro também perdeu tempo precioso abordando muito na questão da Nicarágua e Venezuela, sem grande influência nos segmentos B, C e D. Surpresa mesmo, foi Sérgio Moro comparecer no debate ao lado de Bolsonaro. É certo que isso inibiu Lula, mesmo que não digam.
A guerra na Ucrânia, a crise no abastecimento alimentar mundial, a perspectiva de guerra nuclear, não ocupou o centro das preocupações de ambos. Bolsonaro tocou, mas de leve, muito leve.
Ficou evidente que Bolsonaro veio com outro estilo e postura.
Valeu para o povo brasileiro.