Como a oposição de Santiago pretende chegar a eleição de outubro?

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A eleição municipal que se aproxima demonstra as forças de oposições totalmente rachadas, embora por alguns momentos até foram unidas.

Nossa oposição é bem contraditória e cada bloco emerge com suas forças e suas particularidades. A oposição de direita é bem maior e bem mais expressiva. Têm os dois vereadores do PL, Gildo e Magdiel(Oziel), tem a liderança forte do Presidente do PL, Miguel Bianchini, que já foi vereador e deputado estadual. Ademais, a ala a direita da oposição santiaguense conta ainda com o nome do ex-deputado federal Marcelo Brum, Republicanos, que fez 8665 votos, 30.69% dos votos válidos para deputado federal em Santiago, em 2022. Miguel Bianchini é um nome sério, muito respeitado por todos.

Já nossa oposição de esquerda é representada pelo PT e o PDT, que não tem nenhum líder de expressão nas últimas eleições.

Temos, ainda, a ala centrista de oposição municipal, representada pelo MDB, que tem a vereadora Eva Müller como a maior expressão.

Temos ainda o grupo do PSD de Guiherme Bonotto, que é um grande líder e fez uma bela campanha em 2016 contra Tiago Gorski, obtendo 10.658 votos, ou seja, 35.75% dos votos válidos.

O problema da oposição municipal é que houve uma cisão muito forte em seu núcleo maior, pois até um certo trecho andaram juntos e tanto o PT quanto o PL participavam de reuniões conjuntas. 

Após a cisão fratricida no espectro oposicionista cada um saiu para um lado. O PT, antecipadamente, lançou nomes de candidatas a prefeita e vice-prefeita, fechando as portas para eventuais coligações. O PDT, que tem raízes históricas e nomes como Mauro Burmann, ficou fora dos planos do PT e se quiser, deverá apoiar os nomes do PT já escolhidos.

Sinteticamente, a oposição tem nomes fortes, dentre eles, Guilherme Bonotto e Marcelo Brum, Vulmar Leite, Mauro Burmannn e Miguel Bianchini. Só que não existe uma unidade do bloco de oposição, não existe diálogo e um não fala com o outro.

O MDB corre solto e sozinho, embora tenha o nome do ex-prefeito Vulmar Leite em seus quadros. O PDT corre solto e sozinho, embora tenha em seus quadros um nome respeitável como o de Mauro Burmann. O Republicanos corre solto e sozinho, embora tenha em seus quadro o nome de Marcelo Brum. O PL, pelo visto, segue a mesma trilha, embora totalmente fechado, em que pese o nome forte de Miguel Bianchini e Gildo Fortes, embora ninguém saiba sequer os desdobramentos da petição judicial de Gildo Fortes pela sua reintegração ao poder legislativo. O PSD de Guilherme Bonotto segue a mesma trilha do solitário e solto de todos os demais.

Eu sempre defendi uma união de toda a oposição, seja do grupo de esquerda, seja do grupo de direita. A recente eleição francesa mostrou que esquerda, centro e direita podem – sim – marchar juntos, só que aqui em Santiago sequer se falam e sequer existe debate e muito menos reflexões.

Creio que até a Nina, com seus apenas 14 anos seria capaz de prever o resultado da eleição em Santiago a se manter esse quadro, onde um não fala com o outro.

A direita tradicional e consolidada dentro do PP agiu quieta e em silêncio. Como sabiam que só poderiam ter 14 candidatos a vereadores, tratou de criar extensões, e assim fez com o União Brasil e com o PSDB, que deverão apoiar Piru Gorski.  Não sei quantos candidatos a vereadores o grupo de direita situacionista deverá ter, mas falam em 40 ou mais.

O problema do imbróglio da direita de oposição e da direita de situação é que ambas são bolsonaristas.

É evidente que se o trâmite seguir assim, a eleição será um passeio para Piru Gorski.

É possível, ainda, reunir a oposição?

Não sei, mas creio que não, pois não sei o que rola no PL e nem no Republicanos. É tudo muito delicado.

Ninguém é capaz sequer de chamar uma reunião das forças de oposição ao PP.

A seguir esse roteiro, nem precisa eleição.

 

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