Casos e ocasos, coincidências e realidades

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No ano de 1985 fui assistir uma palestra no plenarinho da Assembléia Legislativa gaúcha com o então deputado estadual Eduardo Suplicy, Ao final, apertei-lhe a mão e disse-lhe meu nome: – prazer, JÚLIO PRATES. Suplicy apertou-me a mão e perguntou se eu era paulista, ao que respondi que não, que era gaúcho mesmo. E ficou por isso mesmo. Na época não existam celulares e ninguém tirava fotos.

Passam-se os anos e um amigo namora uma moça de SP, muito rica, filha de um próspero criador de gado e que tinha sido prefeito de Andradina. Ficamos bem amigos e ela, sapaz e inteligente, aluna da Largo de São Francisco, onde estudava Direito, me chamava de Conde Prates, apenas a título de brincadeira, embora ela soubesse toda a história da família Prates em SP e a briga pelo espólio.

Agora, recentemente, essa minha amiga, que é filha de duas famílias altamente fortes de elite paulista, me mandou várias páginas da wikipédia com  as histórias da família Prates e me saiu com uma pergunta super estranha: – tu nunca ouviu falar em NINO PRATES? 

NINA MELLO PRATES
NINA MELLO PRATES

Eu apenas ri, pois Nino Prates era meu pai, é claro, ninguém nunca o acharia, pois ele foi batizado com o nome de DELFINO PRATES, mas todos o conheciam como Nino Prates e deriva-se daí o nome de NINA PRATES (foto).

Sei que joguei um balde de água fria nessa minha amiga, mas nunca dei a menor importância para bens dos outros, sempre vivi do meu trabalho e sou um homem muito feliz com o que tenho, que é: nada tenho. Mas o que busquei, eu encontrei em minha busca pelo conhecimento e nunca abriria mão de nada por dinheiro. Já descobri campos em nome do meu avô no rincão dos soares e passei a escritura para um primo, que era, à época, capitão do exército. Não me interessa nada mexer em heranças. Da mesma forma, eu era casado com Eliziane, quando o advogado CARLOS BATISTA GARCIA, insistiu horrores para me passar seus campos, no Carovi, para meu nome, tadinho, morreu queimado na lareira de sua casa no Carovi e não pode realizar seu sonho de dar-me suas terras. É irmão do médico Elizeu Garcia e do médico-veterinário Sérgio Garcia.

Talvez eu seja como esse meu amigo que faleceu queimado. Não apreciamos bens materiais. Apenas vivo do meu trabalho e jamais fui ligado em terras, terrenos, casas … É da minha índole. Sou assim e sou muito feliz assim como eu sou.

Deixei triste minha amiga ao dizer-lhe que não tinha nenhum interesse em nada que fosse dos Prates e nem me mexeria por isso. Notei que ela ficou murcha com minha resposta. Mas continuo fiel ao meu estilo de vida e ao meu verdadeiro eu. Jamais me sentiria bem tendo e vendo as demais pessoas sem nada.

O negócio de cada um de nós é viver em paz com suas buscas e seus sonhos. Meu sonho, era estudar sociologia e direito, e estudei, recebi nas faculdades as sistematizações de tudo e isso era o que eu almejava. Sou um homem completo e feliz, embora sofra muito com retinopatia diabética, mas logo logo vou entrar em cirurgia.

Gostei muito de saber a história dos SOARES, pois minha mãe era SOARES DE LIMA, esses me encantaram com suas histórias, eram genuinamente assassinos, matadores, bandidos, bondosos e justos. Descobri num livro do Advogado Simões, aqui de Santiago, a história dos SOARES e – curiosamente – eram todos paulistas. Que ironia, ironia fina!!!

É claro que todo mundo é bem atravessado. Minha amiguinha de conversas nas madrugadas, a Gabyzinha, adora me contar suas histórias e suas lutas, conversa até altas horas comigo e o que mais gosto nela é que ela renunciou aos campos de sua mãe e que eram de seu avô, pois ela não quer nada que não seja adquirido com seu esforço e seu trabalho.

Vou ficando por aqui, para os bons entendedores. 

 

 

 

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