Eu soube da morte do papa Francisco ontem pela tarde. É claro, a morte de um líder de uma Igreja poderosa sempre causa grande impacto e mexe com todas as sociedades.
O papa Francisco, smj, parece que sempre foi uma pessoa doce, comprometida as classes sociais mais pobres, a gente notava isso em suas pregações, e procurava viver em sintonia com a modernidade dos tempos, pois tudo evoluiu muito rapidamente,
É sempre uma perda de dor e a morte de um papa causa comoções.
Mas foi um grande papa e admirei muito sua defesa do povo palestino, massacrado pela violência do governo de Israel, um conflito aceso que não permite as pessoas compreenderem bem a genealogia desse conflito, pois as pessoas locais confundem duramente o sionismo com o semitismo, esquecendo-se de que os próprios palestinos sejam semitas. E depois que os evangélicos decidiram entrar em defesa de Netanyahu essa confusão se ampliou demais, pois eles sequer sabem o que o sionismo e confundem o sionismo com o antissemitismo, particularmente muito forte nas comunidades alemães gaúchas, catarinenses e paranaenses, hoje muito mais propensas aos evangélicos que ao catolicismo.
É claro, eu sei bem o que estou dizendo, pois coube a mim, enquanto Presidente Estadual da comissão ética socialista, abrir esse debate com os adeptos da editora Revisão, quando eu tinha 29 anos, pois essa editora fazia defesa aberta dos alemães, diziam que o nazismo não existiu e que tudo era malversação dos judeus. Vale a pena darem uma olhada no livro HOLOCAUSTO, JUDEU OU ALEMÃO, para que todos entendam o peso que caiu sob minha costas.
S.E.Castan era o pseudônimo do engenheiro Siegfried Ellwanger Castan, dono da Editora Revisão e o principal teórico revisionista no sul do Brasil. embora tenha falecido em 2010. Natural de Candelária, RS, faleceu em PORTO ALEGRE. Castan liderava um movimento muito forte no RS defendendo a criação de um Estado separado do Brasil, a República dos Pampas.
Era muito forte, à época dos fatos, a presença da editora revisão nos lares de descendentes alemães e isso explica o ódio desenvolvido contra mim até hoje, muito pouco compreendido, considerando que o líder desse movimento separatista do RS do Brasil, Irtom Marx. era natural de Santa Cruz do Sul.
Toda a ira desses povos atingidos se voltou contra mim, dado ao fato de ser o presidente estadual da comissão de ética socialista e contra o médico-psiquiatra judeu LEONADO GRABOIS (foto), que era o secretário-geral dessa comissão. Como eu tinha estudado língua hebraica no Instituto Cultural Judaico Marc Chagall, me tornei um alvo fácil, talvez o maior alvo até hoje, eis que o médico-psiquiatra Leonardo Grabois faleceu em 23/12/23, tendo sido um grande amigo e aliado meu até sua morte. Leonardo Grabois era filho do também médico-psiquiatra Jayme Grabois, irmão do líder da guerrilha do ARAGUAIA, Maurício Grabois.
Leonardo Grabois foi um dos fundadores da Associação Paranaense de Psiquiatria e atuou como psiquiatra na faixa de Gaza, a serviço do governo de Israel.
Eu tomei ciência de Juan Grabois (FOTO), advogado e sociólogo argentino, conhecido consultor do Pontifício Conselho Justiça e Paz, eis que foi impedido de visitar o presidente Lula, quando preso em Curitiba, mas a Polícia Federal não o reconheceu como secretário do papa Francisco, embora o próprio LEONARDO GRABOIS tenha me contado, em detalhes, essa visita negada.
O Juan era um secretário particular do PAPA FRANCISCO e isso explica a ligação dessa tradicional família judia brasileira com o papa argentino.
De qualquer forma, vivemos um momento triste e todos devemos respeitar o momento de dor de todos os católicos e pessoas que queriam bem o papa Francisco.
Fico o meu registro singelo, alinhado com a simplicidade de Francisco. Um dia, talvez, todos entenderão porque algumas pessoas estudam sociologia e direito. Mas não é assunto para essa postagem.