*JÚLIO PRATES
Eu tenho um amigo que é oficial superior reformado e que atuou no SINTAER, quando foi oficial da ativa … O que todos se perguntam: como eu tenho essas amizades? Coisa muito simples, demais. Ele me procurou, muitos anos atrás, devido um artigo onde falo e cito alguns ocultistas. Pessoa altamente educada, conversamos por whatsapp muitas vezes, mas eu apenas sabia que ele era militar, mas como nunca me liguei nessas questões de cargos e postos, até porque isso para mim é altamente irrelevante. Só que ele seguiu lendo meu blog e devido ao fato de suas filhas morarem em POA, ele escolheu um condomínio próximo do mar, onde mora com sua esposa e fica perto de suas filhas. E tem um patota de amigos e familiares da mesma arma e devido sua idade e o posto que ocupou é muito respeitado.
Ele chegou a me convidar, quando eu disse que passaria o natal de 2022, no local onde mora, para eu passar com sua família. Como eu acho essas datas muito delicadas, confesso que vacilei, mas, enfim, tudo o que eu passei e sofri, ele acompanhou atentamente, até que se tornou um grande amigo, demais.

Confesso que apenas contei a ele aspectos do que eu entendia do processo, mas ele que se tornou amigo e confidente sobre o ocultismo, leitor assiduo do médico francês Gérard Anaclet Vincent Encausse, e também ele já era maravilhado com o Valdomiro Lorenz. esperantista que faleceu aqui em nossa capital, mas que viveu anos em Dom Feliciano, embora Theco, como o russo, sepultado em nosso cemitério, nosso primeiro santo popular, esse é um bom santo, dizem que faz milagres e isso explica a grande quantidade de oferendas e mensagens de agradecimentos pelos milagres da alma santa, vítima do arbítrio local.
Eu emprestei a ele uma cópia do livro sobre Cabala, do Lorenz, e sua filha, que é médica, se tornou dona do livro, até hoje eu me constranjo com ela que me trata com uma rara educação e como se eu fosse um profundo conhecedor do Lorenz. Na verdade, não sou, apenas sei emendar os desdobramentos das leituras que tive com alguma coisa de psicanálise, embora eu tenha lido Freud e os Seminários de LACAN, Deleuze e Guattari. Mas é tudo, muito aparente, e sempre disse isso a interlocutora. Mas não tem como provar que eu não sei, pois li e conheço a base desses dois últimos em Foucault, Heidegger e Kant. Filosofia é isso. Não tenho como saber Marx se eu não souber Hegel e Feuerbach. As teses sobre Feurbach as li, aos 17 anos, aqui mesmo em Santiago e volta e meio as emprego em minhas petições. Mas, aqui? É claro, eu amo nosso poder judiciário e todas minhas teses contrárias, sempre as resolvi no âmbito interna corporis.
Mas essa amiga, por algumas razões que não entendi até hoje, se tornou muito minha próxima e no final de semana mandou-me fotos de minha filha, embora sejam um pouco vizinhas. Um pouco. Agora, o pai dela dela, meu velho amigo, esse sim faz jus a arma de inteligência, credo, esse eu me abri com ele, embora eu já tenho publicado, anos atrás, que ele filmou o fogo num apartamento e enviou-me o vídeo quando mal conhecíamos drones e ele já os usava em suas filmagens. Embora eu seja totalmente ignorante em tecnologias.
Pelo sim, pelo não, a vida anda, mesmo que a gente fique parado num só lugar, eu me surpreendo tanto. O que dizer de uma moça, que já fez residência numa área, iniciando outra? Normal, diriam, eu conheci médicos que eram juristas, dias atrás, numa petição judicial, citei um juiz federal da BA que é médico, em suma, nada de tão extraordinário, mas extraordinário é eu contar que essa nova residência tem a ver – diretamente – com meu caso. Aí, confesso que me bateu o medo. Eu tenho tanto medo de frustrar as pessoas e me cuido tanto para não ter contato com ninguém. Tanto que não saio de casa, nunca bebi, nunca fumei e sou quase um evangélico, sou como sempre fui. Raras pessoas chegam aos 65 anos sem conhecer maconha, sem conhecer cocaína e sem nunca ter botado um cigarro na boca. Esqueci-me: e tão pobre quanto eu nasci, embora ninguém reconheça a honestidade como virtude. Só eu e minha filha, foi o que ensinei a ela. Então, se fico surpreso com essas novidades, de outro, fico muito apreensivo, não por mim, mas pelo respeito as pessoas que se envolvem com as histórias da gente, sempre querendo ajudar a gente. No fundo, existem muitas pessoas boas e de boa índole, onde a gente menos espera.
A vida segue, Eu sigo.
*Autor de 6 livros todos publicados pela PALLOTTI e GRUPO EDITORIAL FRONTEIRA-OESTE, jornalista nacional com registro no MtB nº 11.175, Registration International Standard Book Number nº 908 225 no Ministério da Cultura do Brasil, desde 17 de abril de 2008, Sociólogo 1983/1987, 90/91, Advogado 1994/2004 e Teólogo 2021/2024. Pós-graduado em Leitura, Produção, Análise e Reescritura Textual 2007/2008, com o livro A LINGUAGEM JURÍDICA NA IMPRENSA ESCRITA e também Pós-graduado em Sociologia Rural, 2000/2001, com o livro O IMPACTO DO MERCOSUL NAS PEQUENAS PROPRIEDADES FAMILIARES DO RIO GRANDE DO SUL ( não editado). Embora santiaguense, até hoje nunca foi convidado para a Feira do Livro de Santiago.