SOBRE AS DECLARAÇÕES RECENTES DE FRAU MERKEL

*Ruy Gessinger

Penso, pedindo antecipadas desculpas a quem discorde, que a Alemanha não está em condições, como nenhum país está, de censurar nosso presidente, que recém foi empossado no cargo, com o apoio de milhões de brasileiros.

Recentemente a renomadarevista Der Spiegel publicou ampla reportagem sob o título “die fettenJahre sind vorbei” em tradução livre: “os anos gordos se foram”. Num subtítulo consta “ wir sind ärmer, als wir meinen” ( somos mais pobres do que pensamos”). E em outro parágrafo: “gastamos mais dinheiro com o passado do que com o futuro”.

Como é bem de ver, a situação não é de otimismo, pois já ouvi de várias pessoas que a Alemanha tem dificuldades.

Creio que os alemães superaram um pouco o “Schuldkomplex” ( complexo de culpa)por causa das duas guerras em 50 anos .É difícil entender como ir para uma guerra quando, mesmo que vencessem, não teriam paz, nem futuro.

Lembro-me bem que há poucos anos os atletas da seleção alemã não cantavam seu hino nacional, por medo,segundo concluo, de serem nacionalistas em excesso. Por sinal, só cantam o último verso, abandonando, com razão o “Deutschland über alles”. Ainda bem que permaneceram com um dos movimentos do Quarteto do Imperador de Joseph Hayden, que é a música do hino alemão.

No momento em que o Brasil quer parcerias, quer voltar a crescer, a senhora Merkel manifesta sua desconfiança de que vamos acabar com o pulmão do mundo.

Argumentam que, junto com a Noruega, a Alemanha manda muito dinheiro para que a Amazônia não seja dilapidada. Não saberia dizer se esse dinheiro vai para as mal explicadas ONGs ou o que. O que é óbvio é que nosso país não tolera interferências em sua plena soberania sobre seu território.

Nossas leis ambientais são rigorosas. Claro que há problemas na Amazônia, mas isso não quer dizer que queiramos sua destruição.

Por essa razão lamento, como descendente de alemães, que a senhora Merkel não tenha sido mais prudente e cuidadosa. Somos um povo afável, bom de dialogar.

O Brasil tem tudo: rios,cachoeiras, pecuária, soja e demais grãos, enormes áreas que permitem produção de alimentos naturais em escala, riquezas que poucos países têm. Mais:tem alegria!

Quando o avanço da tecnologia for corriqueiro, a briga vai ser por água e alimentos. O Brasil agora é um ótimo parceiro . E a Alemanha também o é. Parceiros não devem brigar.
Hostilizar um chefe de Estado não é bom negócio.

* Jurista. Foi Desembargador, professor da Escola de Magistratura do Rio Grande de Sul, escritor e ensaísta.

Comentar no Facebook

Como votaram os deputados federais gaúchos na reforma da previdência

Afonso Hamm (PP) – SIM
Alceu Moreira (MDB) – SIM
Bibo Nunes (PSL) – SIM
Carlos Gomes (PRB) – SIM
Daniel Trzeciak (PSDB) – SIM
Danrlei de Deus Hinterholz (PSD) – SIM
Darcísio Perondi (MDB) – SIM
Giovani Cherini (PL) – SIM
Giovani Feltes (MDB) – SIM
Jerônimo Goergen (PP) – SIM
Liziane Bayer (PSB) – SIM
Lucas Redecker (PSDB) – SIM
Marcel van Hattem (NOVO) – SIM
Marcelo Moraes (PTB) – SIM
Márcio Biolchi (MDB) – SIM
Marlon Santos (PDT) – SIM
Maurício Dziedricki (PTB) – SIM
Nereu Crispim (PSL) – SIM
Onyx Lorenzoni (DEM) – SIM
Pedro Westphalen (PP) – SIM
Sanderson (PSL) – SIM
Santini (PTB) – SIM

Afonso Motta (PDT) – NÃO
Bohn Gass (PT) – NÃO
Fernanda Melchionna (PSOL) – NÃO
Heitor Schuch (PSB) – NÃO
Henrique Fontana (PT) – NÃO
Marcon (PT) – NÃO
Maria do Rosário (PT) – NÃO
Paulo Pimenta (PT) – NÃO
Pompeo de Mattos (PDT) – NÃO

Comentar no Facebook

Dos 31 deputados da bancada gaúcha, 22 votaram a favor da PEC 06/2019, a reforma da Previdência. Outros nove foram foram contra. O texto-base da reforma foi aprovado na noite desta quarta-feira por 379 a 131

BANCADA DO SIM – GAÚCHOS

Na bancada gaúcha, votaram sim: Afonso Hamm (PP), Alceu Moreira (MDB), Bibo Nunes (PSL), Carlos Gomes (PRB), Daniel Trzeciak (PSDB), Danrlei (PSD), Darcísio Perondi (MDB), Giovani Cherini (PL), Giovani Feltes (MDB), Jerônimo Goergen (PP), Liziane Bayer (PSB), Lucas Redecker (PSDB), Marcel van Hattem (Novo), Marcelo Moraes (PTB), Márcio Biolchi (MDB), Marlon Santos (PDT), Maurício Dziedricki (PTB), Nereu Crispim (PSL), Onyx Lorenzoni (DEM), Pedro Westphalen (PP), Sanderson (PSL) e Santini (PTB)

BANCADA DO NÃO – GAÚCHOS

Já Afonso Motta (PDT), Bohn Gass (PT), Fernanda Melchionna (PSol), Heitor Schuch (PSB), Henrique Fontana (PT), Marcon (PT), Maria do Rosário (PT), Paulo Pimenta (PT) e Pompeo de Mattos (PDT) votaram contra o texto-base. 

Comentar no Facebook