Tem gente em Santiago só esperando abrir a janela.
Aberta, pulam fora.
Jornalista
Tem gente em Santiago só esperando abrir a janela.
Aberta, pulam fora.
Eu sempre gostei muito de política. É notório.
Entretanto, nunca tinha visto uma guerra de narrativas, de tamanhas proporções, como a atual. Por causa do COVID 19 e o caos que afeta as populações, políticos trocam acusações, uns acusam os outros, responsabilizam-se mutuamente.
A situação é caótica em nosso país e no mundo. Isso não é novidade.
Enquanto pessoas morrem por falta de oxigênio, uma guerra de narrativas invade as redes sociais, a imprensa, e todos, até mesmo imperceptivelmente, brigam e se acusam.
O momento é de caos e vivenciamos uma tragédia. Dezenas de bebês, em Manaus, correm o risco de irem a óbito, pela ausência de oxigênio. Pessoas estão morrendo sufocadas.
Luciano Huck, oportunisticamente, chama um panelaço contra o presidente e seu governo. Os apoiadores do presidente, não mesmos oportunisticamente, chamam um apitaço, no mesmo horário.
É a síntese da tragédia nacional. Enquanto uns morrem, outros batem panelas e os demais soam apitos.
Está nos faltando grandeza. A dor e o caos deveriam nos unir, especialmente em busca de uma solução. Mas não. Ausente a solidariedade, o humanismo e a falta de bem-senso.
Urge que apareçam estadistas de bom senso.
O deputada Tábata Amaral, 27 anos, está com COVID. Nota de sua assessoria de imprensa, dá conta que a deputada e astrofísica contraiu a doença.
Mesmo com 70% da população de Manaus, AM, infectada por COVID 19 não houve e nem se confirmou a tese da imunidade de rebanho. É mais uma das lógicas derrubadas pelo vírus.
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Átila Iamarino, infectoligista, provocou novos alardes em sua manifestação, hoje pela manhã. Segundo ele, o caso de Manaus pode se repetir em outras capitais. O cenário pintado é sombrio e preludia uma ampliação ainda mais feroz do vírus mutante.