Norma do Amazonas sobre obrigatoriedade de Bíblia em escolas e bibliotecas públicas é inconstitucional

Por unanimidade, o STF reconheceu que a regra ofende os princípios da laicidade do Estado, da liberdade religiosa e da isonomia entre os cidadãos.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade de norma do Amazonas que obriga as escolas e as bibliotecas públicas estaduais a manterem em seu acervo ao menos um exemplar da Bíblia Sagrada para livre consulta. A decisão foi tomada, por unanimidade, na sessão virtual encerrada em 7/2, em que foi julgada procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5258, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Princípio da laicidade

O colegiado seguiu o voto da relatora, ministra Cármen Lúcia, que lembrou que o processo histórico constitucional que resultou na adoção da laicidade do Estado no Brasil vem desde a Constituição Federal de 1891, que consolidou a República como novo regime de governo. Esse princípio foi mantido nas demais constituições e reforçado na Carta de 1988, que deu ênfase aos valores democráticos e assegurou a liberdade religiosa como direito fundamental.

Para a ministra, os dispositivos da Lei 74/2010 do Amazonas, que determinam a existência de exemplar da Bíblia em ambientes públicos estimulam e promovem um conjunto de crenças e dogmas em prejuízo de outros. Em seu entendimento, a obrigatoriedade ofende os princípios da laicidade do Estado, da liberdade religiosa e da isonomia entre os cidadãos.

Tratamento desigual

A norma, segundo a relatora, também confere tratamento desigual entre os cidadãos, pois assegura apenas aos adeptos de crenças inspiradas na Bíblia acesso facilitado em instituições públicas. “A lei amazonense desprestigia outros livros sagrados quanto a estudantes que professam outras crenças religiosas e também aos que não têm crença religiosa alguma”, afirmou. 

Ela ressaltou, ainda, que, em matéria confessional, compete ao Estado manter-se neutro, para preservar a integridade do direito fundamental à liberdade religiosa, em favor dos cidadãos.

A ministra citou precedentes da Corte em casos análogos, como o Recurso Extraordinário com Agravo (ARE) 1014615, em que foi reconhecida a invalidade de lei do Rio de Janeiro que determinava a obrigação de manutenção de exemplares da Bíblia em bibliotecas do estado, e a ADI 5257, em que a Corte julgou inconstitucional norma de Rondônia que havia adotado a Bíblia como livro-base de fonte doutrinária.

AR/AD//CF

Leia mais:

12/3/2015 – PGR ajuíza ações contra obrigatoriedade de Bíblia em escolas e bibliotecas públicas

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O DRAMA DE SCHIAVINATO. Morreu perguntando pela esposa, Marlene, sem saber que ela já havia morrido em 12 de março

Deputado federal Schiavinato morre por complicações causadas pela Covid-19. Morreu sem saber que sua esposa já tinha falecido no último dia 12 de março

O Deputado tinha 66 anos, defensor do uso de máscaras e das vacinas, é o primeiro deputado federal em exercício a morrer por causa da doença.

A lição desse vírus cruel é que mesmo as pessoas com muito recursos, como era o caso do deputado e sua esposa, são facilmente tragados. O drama, narrado – hoje – em Toledo, é digno de piedade. Quando Marlene, sua esposa, morreu, preferiram não avisá-lo, temendo que isso pudesse agravar o seu quadro de saúde. Perguntava por ela todos os dias. Nunca soube a verdade.

A morte de uma moça, em Santiago/RS, ontem, aos 24 anos, apavora muitas pessoas, especialmente depois da divulgação de engrossa a lista de óbitos de 31 a 40 anos.

É mais do que justo o sonho das pessoas e a esperança depositada nas vacinas.

SAIBA QUEM FOI O DEPUTADO

  • Nasceu em 12 de setembro de 1954 em Iguaraçu;
  • Possui 39 anos de casado (14/01/1979) com Marlene;
  • Tem dois filhos Rafael (casado com a Andressa) e Leandro (casado com a Marinês) e 4 netos: o Willian, o Daniel, o Samuel e o Gustavo;
  • Engenheiro Civil formado pela Universidade Estadual de Maringá em 1977 terminou o curso em quatro anos, quando o normal eram cinco;
  • Seu Pai Armando Schiavinato foi um dos fundadores e também prefeito da cidade de Iguaraçu, norte do Estado de 1965 a 1968;
  • Prefeito de Toledo por duas gestões consecutivas: de 2005 a 2012;
  • Foi servidor público por 33 anos;
  • Como servidor ajudou a estruturar Toledo. Foi engenheiro de obras fundamentais como a sede da atual prefeitura, o Estádio Municipal 14 de dezembro, o Terminal Rodoviário, Calçadão principal e também o Centro de Piscicultura, implantação do Projeto Cura;
  • De 1985 a 2004 Schiavinato foi Técnico da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural (EMDUR), Secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Coordenador de Planejamento e Secretário municipal de Planejamento Estratégico;
  • Foi um dos fundadores e membro do Conselho Curador da Fundação Municipal de Ensino Superior de Toledo (Fumest), a entidade mantenedora da então Facitol, o embrião da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste);
  • Foi fundador e presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Toledo (Aeat);
  • Foi inspetor e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea/PR);
  • Foi membro titular dos Conselhos de Desenvolvimento de Toledo, da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Toledo (Funtec) e Emdur;
  • Foi gerente de operações dos projetos Cura, Produrb, Pedu e Paraná Urbano em Toledo;
  • Foi Presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP);
  • Foi vice-presidente da região Sul da Frente Nacional de Prefeitos (FNP);
  • Como prefeito recebeu os prêmios:
  1. Melhor prefeito do Paraná em 2010 e um dos melhores prefeitos do Brasil: Prêmio IRFS (Índice de Responsabilidade Fiscal, Social e de Gestão), concedido aos melhores prefeitos do país, segundo avaliação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan)
  2. Reconhecimento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) durante o Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, pelo sucesso da implantação e gerenciamento dos Restaurantes Populares de Toledo
  3. Selo Cidade Cidadã (programa Toopedalando) pela Câmara dos Deputados Federais;
  • Em 2011/12, Toledo atingiu a nota 6,4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), segunda melhor nota entre os maiores municípios do estado do Paraná, e alcançou com a Escola Municipal Washington Luiz, do distrito de Novo Sobradinho, a 29º colocação no ranking nacional com a nota 7,9;
  • Implantou 5 Restaurantes Populares em Toledo;
  • Schiavinato implantou o maior programa de casas populares da história de Toledo nos oito anos como prefeito. Foram 2.470 casas entregues;
  • Outra marca da administração Schiavinato em Toledo foi a construção de dois Centros da Juventude. O modelo adotado em Toledo virou referência para todo o Paraná;
  • Outro grande destaque como prefeito foi a ampliação do Programa de Asfalto Rural, com 220 quilômetros pavimentados no sistema de parceria com o agricultor;
  • Deputado estadual de 2015 a 2018;
  • Eleito com 61.507 em sua primeira candidatura no Legislativo;
  • Um dos deputados com maior presença nas sessões;
  • O mais produtivo, pois foi o que mais apresentou Projetos de Lei nesta legislatura. Ao todo foram 199 Projetos de Leis, sendo que 30 viraram Leis;
  • Percorreu 104 municípios e ajudou que as ações do Governo do Estado chegassem a quem necessita: a população das cidades;
  • Ao todo viabilizou mais de R$ 350 milhões de ações aos municípios que representou.

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Por que desfilei-me do PDT?

Hoje, pedi desfiliação partidária ao PDT. Confesso que foi um período muito bom. O pessoal do PDT é gente muito pura e honesta.

Apenas localizei-me incompatível com a questão ideológica. Não sou estatizante, muito antes pelo contrário, sou totalmente antiestatizante. Defendo um estado de bem-estar social, mas com intervenção mínima do Estado e apenas em áreas fundamentalmente essenciais. Respeito as posições diferentes, mas noto que no PDT predomina uma forte visão estatal, e isso é às avessas do que eu penso. Acho que falta uma definição de Governo e Estado.

O Estado brasileiro é monstruoso e tentacular, e tanto esquerda quanto direita, são fortemente interventores. Essa visão interventora se reflete em nossas discussões cotidianas, até sobre o Banrisu e a CORSAN.

Para preservar as amizades e poder me expressar livremente, entendi que o melhor caminho era fora do PDT; é claro, continuo amigo de todos, como sempre tive amizades em todos os partidos politicos.

Só posso agradecer o companheirismo e a acolhida.

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“Jovem de 18 anos é morta dentro de casa na zona leste de Porto Alegre; padrasto fugiu após o crime”. O crime ocorre seis dias após o assassinato da menina Jordana, de 13 anos, também assassinada pelo padrasto.

FONTE : ZERO HORA

Foto Lauro Alves, Ag. RBS

Uma jovem de 18 anos foi encontrada morta dentro de casa no bairro Agronomia, na zona leste de Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira (12). Segundo a polícia, o padrasto dela deixou uma carta confessando o crime.

A vítima foi identificada como Gabriele França, 18 anos, e teria sido morta por estrangulamento e asfixia, durante a madrugada. Após cometer o crime, o homem ligou para familiares, avisou vizinhos e fugiu.

Por volta das 6h50min, moradores encontraram Gabriele morta sobre a cama, no quarto da residência da Rua Beija-Flor, uma via pequena e de chão batido. A carta que teria sido escrita pelo padrasto foi localizada pelos peritos.

A delegada Jeiselaure Rocha de Souza, titular da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre, esteve no local e conversou com familiares da jovem. A principal suspeita é de que o padrasto tenha cometido o crime por vingança.

— Ele não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da vítima e já teria feito ameaças no ano de 2019. A perícia agora vai apontar a causa da morte — disse a policial, acrescentando que buscas estão sendo feitas pelo suspeito.

O clima entre os moradores da região era de comoção na manhã desta segunda-feira. A mãe da jovem, que não estava mais morando no local, saiu do bairro Mario Quintana e, quando soube do crime, precisou ser amparada por uma vizinha.

O casal ficou junto por 16 anos e teve quatro filhos. Eles estão separados há dois anos.

Na casa de madeira, com uma peça de material aos fundos, morava o padrasto e a enteada. Os quatro filhos do casal passavam um tempo em cada residência e, nesta madrugada, estavam com a mãe.

NOTA DO BLOG

Algo diferente do que eu escrevi no último sábado?

Na última terça-feira a menina Jordana, de 13 anos, aqui em Bom Princípio, foi assassinada pelo padrasto.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/pioneiro/policia/noticia/2021/04/menina-estuprada-e-morta-em-bom-principio-tocava-flauta-doce-e-sonhava-em-ser-artista-ckn6dumjj006f016ut2wv5i5u.html

Afinal, existe ou não existe um grave problema social nesse tipo de ajuntamento?

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