O áudio fatal

O recuo do presidente Bolsonaro na paralisação-geral têm sérias implicações políticas e estratégicas.

O áudio do próprio presidente pedindo recuo dos seus aliados mais fiéis, sem entrar no mérito de que a tática é certa ou não, caiu como uma bomba na cabeça de milhões de pessoas, de norte a sul do país, leste a oeste, que acreditaram no discurso presidencial.

Esses manifestantes partiram para o tudo ou nada, era vencer ou vencer.

O vídeo é um desestímulo para os empolgados que, afastados a dias de suas casas, dormiam em improvisadas barracas e gritavam epítetos: pela liberdade, pela pátria, pela família.

O programa Terça-Livre seguiu com uma transmissão ao vivo do acampamento em Brasília. As manifestações das pessoas eram de desencanto. Sem exceções.

Logo os sites defensores de Moro (antagonista) … petistas/socialista e trabalhistas, começaram a replicar o áudio fatal do presidente Bolsonaro.

Observando o movimento, nota-se que as pessoas não queriam recuo.

Bolsonaro assinou o divórcio com sua base mais fiel. Fica sem apoio e será muito complicado instar uma resistência sozinho somente com sua pequena base parlamentar.

Talvez a correlação de forças na câmara possa até lhe assegurar a não abertura de impeachment. Talvez, talvez, talvez … É tudo muito incerto e duvidoso.

Quando quiser a volta de sua base mais fiel, será ser tarde.

Bolsonaro, na leitura do seu povo, e de sua base mais magnânima, passa um atestado de pusilânime. Gostem ou não, se esse áudio for verdadeiro, é o fim de sua história e junto naufragará o sonho de uma direita no país. Todos os conservadores, agro, caminhoneiros, evangélicos e militares estarão derrotados. Não há alternativa.

Chegar ao ponto que chegaram e dar esse recuo, meu Deus, até os restos Sun Tsu devem se remexer, apesar da poeira dos 2.500 anos. Certamente, Bolsonaro não leu … ou se leu, não compreendeu nada.

Sua base não perdoa.

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Novo código eleitoral

O Supremo Tribunal Federal formou maioria na tarde de ontem,  8 de setembro de 2021,  para negar uma ação que buscava impedir a votação do projeto do novo Código Eleitoral na Câmara dos deputados.  Assim, cresce muito forte a tendência de que a eleição de outubro de 2022 seja regida mesmo por um novo código eleitoral.

A GRANDE novidade é a quarentena, considerada muito longa, imposta a juízes, promotores, delegados de polícia e militares.

 

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