Ao abrir a coletiva de imprensa, na tarde de segunda-feira (30MAR2020), o ministro-chefe da Casa Civil, General-de-Exército Braga Neto, assumia um novo papel na política, mas que era a continuidade de seu último cargo, o de Chefe do Estado-Maior do Comando de Exército.
Agora o Gen Braga Neto de “Interventor no Rio de Janeiro” é o “Chefe do Estado-Maior do Planalto”, uma posição bem mais abrangente do que a já poderosa função de Ministro-Chefe da Casa Civil. Geralmente o coração de um governo pelos múltiplos tentáculos e influência que possui.
DefesaNet teve informações que o novo “Chefe do Estado-Maior” não foi uma simples indicação ou nomeação, mas uma complexa construção.
A nova “missão informal” foi produto de um “acordo por cima”, envolvendo ministros e comandantes militares e o próprio presidente da República. Braga Neto tem grande empatia com Bolsonaro.
Sua “missão” busca reduzir a exposição do presidente, deixando-o “democraticamente” (Apud Paulo Guedes) se comportar como se não pertencesse ao seu próprio governo. O general passa a enfeixar as ações do Executivo na crise. Pode, inclusive, contrariar as declarações de Bolsonaro.
Para muitos, “a missão” de Braga Neto nada mais é que uma intervenção ou uma junta militar coordenando o governo. Ocorre após uma semana em que proliferavam ataques e notícias falsas, incluindo de setoristas que cobrem as Forças Armadas, em Brasília, com notícias delirantes sobre crítica dos militares ao governo.
A imprensa ansiosa por uma crise institucional, junto às oligarquias estaduais, mais a oligarquia do Congresso, não é apoiada pelos empresários e especialmente pelo sistema financeiro.
Este brincou no início da crise especulando contra o Real e na Bolsa, porém agora percebe que o risco de um possível crash bancário, pela TOTAL insolvência dos clientes, não pode ser descartado.
A fala oportuna e esclarecedora do Comandante do Exército, no dia 24 de Março, foi convenientemente, ou omitida ou travestida, para os interesses mais escusos no atual momento.(Leia a transcrção da Mensagem do Gen Ex Pujol e o vídeo Link)
O Gesto do Braço Forte e da Mão Amiga mostrado no vídeo e a frase de encerramento tirada da canção do Exército têm significados transcendentes: Lutaremos sem Temor!
A frase “Talvez seja a missão mais importante da nossa geração” foi traduzida como a luta ao COVID-19. Para os mais atinados a mensagem foi clara.
O Exército Brasileiro estará de prontidão e pronto para defender o Estado Brasileiro e as Liberdades Democráticas e acima de tudo a NAÇÂO.
Outro ponto não observado pela maioria foi a Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março. Documento assinado pelo Ministros da Defesa, Fernando Azevedo, e os três comandantes Militares ( Ordem do Dia Alusiva ao 31 de Março Link)
Caberá ao ministro-chefe da Casa Civil, agora incorporado em uma figura de Estado-Maior Nacional político da agrura nacional. Essa deliberação já foi comunicada, com os devidos cuidados, aos ministros e às principais autoridades dos Três Poderes. Pelo menos enquanto a grave situação de crise perdurar, o general será o “presidente operacional” do Brasil. Braga Neto assume para distender e organizar.
O frisson desta manhã com um tuite do 002 (Ver Print Abaixo), sobre a importância dos militares foi visto pelo Alto-Comando como o estertor de uma situação passada contaminada por trotskistas de direita.
Os fatos estão mostrando as ações do Chefe do Estado-Maior do Planalto, com a retirada de um tuite da conta do Presidente da República nesta mesma manhã.
Mas não estranhem, o Gen Braga Neto tem como seu livro de cabeceira a obra clássica de estratégia militar “Da Guerra” (Von Krieg), de Carl von Clausewitz.
Diferente do teórico prussiano o General Braga Neto inverte um conceito básico de Clausewitz, que ele acha mais apropriado neste tempo de crise de pandemia, guerra informacional e econômica, que fica assim:
“A Política é a continuação da Guerra por outros meios.”