O livro de Enoque, mistérios sobre um Livro que o Vaticano sempre tentou sufocar

Era o ano de 1998. Minha então amiga USTANE BOCHI me disse que queria conhecer ENOQUE e a CABALA. Como minha amiga era uma pessoa muito séria e estudiosa, aceitei emprestar a ela minha versão do livro de ENOQUE.

Agora, devido a doença do Papa Francisco e a emergência de uma certa realidade nova, que para mim é bem antiga, noto o quanto existe uma fantasmagoria em torno do livro de ENOQUE. Embora eu goste até hoje do Livro dos Vigilantes até hoje, não consigo dar o mesmo peso que é dado hoje em dia ao livro como um todo.

Francisco Waldomiro Lorenz me ajudou, e muito, a entender a CABALA  e, de certa forma, após adquirir tal conhecimento passei a desprezá-lo com a perda de interesse. E nunca mais nada me atraiu, embora sempre mantive o interesse pelo ESPERANTO e Lorenz era um esperantista reconhecido. Até volta e meio eu ainda escreva sobre o ESPERANTO.

Mas – na mesma proporção em que fui conhecendo a CABALA com LORENZ, fui concluindo, não sei se certo ou errado até hoje, que espírito sequer existia e que todas as construções teóricas acerca de espíritos eram apenas conjeturas humanas. Anos mais tarde, quando comprei toda a coleção da EDITORA PLANETA sobre os OCULTISTAS, apesar de ler quase todos os volumes, porém chocado com as conclusões de todos, entendi que todos pensavam iguais o mistério da vida e o destino da alma, tudo era reencarnação. O que fazer para quem não consegue acreditar em espíritos de mortos?

Admito que foi o teólogo ateu OSVALDO LUIZ RIBEIRO quem me deu as luzes mais próximas do que eu sempre pensei acerca da vida e das fantasias milenares de almas e espíritos, pelo menos foi a pessoa que me deu as explicações mais convincentes acerca do nada que é a vida após a morte.

Quando eu presidi a comissão estadual de ética do Partido Socialista Brasileiro, em 1988, conheci o médico psiquiatra judeu Leonardo Grabois. Por alguma razão, ele tornou-se meu amigo, parceiro de viagens e confidente. Grabois era sobrinho do líder Maurício Grabois, da Guerrilha do Araguaia e quando inciamos nossa amizade, fazia pouco tempo que ele tinha voltado de Israel.
Grabois gostava de perambular pelo Vale dos Sinos, Paranhana e região metropolitana. Ademais, gostava de sentar-se nos bares operários de Campo Bom, Sapiranga e analisar os hábitos e costumes, desde a música à comida.
Foi Grabois quem levou-me nesse sebo pela primeira vez e contou para o nosso amigo proprietário que eu era iniciado; nessa ocasião, comprou dois livros de Papus, tratado de ciência oculta elementar, volumes I e II e presenteou-me, apesar de minha resistência em estudar tais literaturas.
Na ocasião, descobri que os livros de Papus integravam uma coleção da revista planeta. Apenas guardei-os  pelo carinho do amigo. Passados uns anos, num outro sebo, na João Pessoa, em Porto Alegre, por acaso, encontro um outro exemplar da mesma coleção, Paracelso, “A chave da Alquimia”.  Comprei o livro e guardei.
Com o passar dos anos, mais velho, mais maduro, lendo Paracelso e Papus, senti um relativo desejo de comprar toda a coleção, pois nela havia algum significado fora da simples concepção de compra e venda de livros.
Em março de 2010, no velho sebo onde se respira judaísmo, deixei meu cartão e a pedi ao amigo proprietário se algum dia ele tivesse tal coleção, que me ligasse, que a compraria.
Quase quatro anos depois, em janeiro desse ano, ele ligou-me. Contou-me que estava com muitos livros de uma biblioteca particular de um velho iniciado, porém, de origem russa, não era judeu. Foi desse falecido que caiu em suas mãos os 20 volumes da coleção planeta. Ofereceu-me tudo. Achei caro o valor pedido, mas pensei na Nina e decidi fazer o depósito; o fiz nos últimos dias.
Numa sexta-feira recebi o pacote. Os livros são bem conservados. Mas – finalmente – reuni KRISHNAMURTI, PARACELSO, ALLAN KARDEC, NOSTRADAMUS, BLAVATSKY, ROSO DE LUNA, BORREL, PAPUS, FIGANÍERE, MOLINERO, GUAITA, KOSMINSKY, LEPRINCE/FOUGUÉ, NICOLAS FLAMEL, SHIMON HALEVI, AUROBINDO e IDRIES SHAH.
Aproveitei a noite de um sábado para ler o até então desconhecido Idries Shah, na verdade, autor de 2 volumes, o primeiro deles intitulado “Magia Oriental” e o segundo “Ritos Mágicos e Ocultos”.
Durante muitos anos dediquei-me apenas a ler clássicos; vivi muito sociologia, filosofia e psicanálise (embora a anti-psiquatria tenha me seduzido ao extremo). Assim, nunca fui além de Freud. Entretanto, voltei muitos anos no tempo. Num grupo de estudos freudianos que tínhamos em São Leopoldo, nos idos de 86/87/88…debochávamos de Jung, justamente pela crítica que o apresentava como místico, ligado às ciências ocultas…Curiosa minha volta, alguns diriam: curioso corte epistemológico, mas a verdade é que iniciei uma transição de Freud para Jung, um fato que jamais teria admitido anos atrás. Imaginem eu com uma biblioteca de ocultismo?
Como o ser humano é complexo. Transitei do cristianismo para o marxismo, desse para a psicanálise e identifico-me, agora, numa outra transição, de volta a Cabala judaica e lendo ciências ocultas. Talvez eu nunca tenho abandonado a Cabala, não sei exatamente, apenas notei que com o nascimento da Nina voltei a refletir sobre suas bases teóricas e pressupostos metodológicos, pela base, transmissão de valores e plano ético diante da vida. Até entre os bandidos é preciso ética, não sem razão a máfia faz escola com seu ethos.
Durante muitos anos acreditei que o Arqueômetro de Saint-Yves d’Alveydre contivesse mesmo todas as chaves das nossas religiões. Cheguei inclusive a aceitar um apêndice de apoio literário de Yves-Fred Boisset, que foi a agradável leitura do seu livro “Saint-Yves d`Alveydre: A Sinarquia, o Arqueômetro – As chaves do Oriente”. Contudo, na minha cabeça, no meu cérebro, esse livro de Boisset provocou um efeito contrário, pois muitas coisas foram desconstruídas. E depois…não consegui juntar os cacos, os fragmentos dispersos de informações que se apresentavam concatenadas, de alguma forma, em harmonia na minha mente.
Essa desconstrução foi horrível por um lado, mas de outro foi muito libertador. Durante anos parei de tentar entender tais sistemas por dentro e prendi-me mais na análise discursiva aparente. Agora, de alguma forma, estou voltando, ou dando voltas em torno de teorias, porém sempre sozinho, sem pessoas para encetar reflexões. Num terrível acaso, descobri que Steiner era discípulo de Goethe e suas teorias evolucionistas e foi quando rasguei tudo que sabia sobre antropologia num terrível nó existencial. No curso de ciências sociais, eu estudei muito, aprendi muito e pude dissecar bem o pensamento dos padres jesuítas sobre antropologia. Mas foi no marxismo que encontrei respostas bem mais sedimentadas. Apenas fiz uma junção de ambas as visões.  .
 

Apenas escrevo em busca de compreensão e quiça de algum iniciado sincero disposto a tais reflexões.

Há muitos anos li e compreendi Maquiavel e Sun Tzu. E entendi a podridão humana, a falta de ética e a alta traição de pessoas que estavam próximas de mim apenas aguardando a hora para praticarem seus atos pueris e covardes. A podridão fecunda de onde menos imaginamos e mesmo quem não aparenta exala os mais fétidos odores sociais de suas práticas blasfêmicas. A contradição é algo complexo em termos de uma vida, pois sempre existem os anteparos e esses se expressam em hollow onde nós sequer imaginamos.
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*Jornalista MTb-RS 11.75,  Sociólogo e Advogado. Pós-graduado em Leitura, Produção, Análise e Reescritura Textual e também em Sociologia Rural.

Outros saberes e outros conhecimentos

* Júlio Prates

Eu li Erich Fromm, A ARTE DE AMAR, em 1984, pela primeira vez. Pertencia ao Centro de Estudos Freudianos e nos reuníamos todos os sábados a tarde, no Museu do Trem, em São Leopoldo. Éramos jovens, mas ali já emergiam sumidades como Mario Fleig e Paulo Ricardo Petry.

Nosso grupo era aplicado, ficamos meses só na filosofia, meses na sociologia, meses na psicanálise … e passaram-se alguns anos. Para mim, o bom foi descobrir o arquétipo das várias ciências e certamente era o mais versátil, pois trafegava ao mesmo tempo na ciência política (recomendo que todos leiam o livro “Tudo Começou com Maquiavel”, de Luciano Gruppi), na Antropologia, pois era fascinado pela proposta de Lévi Strauss e entender a fonologia, a psicanálise e marxismo, a partir de uma concepção dialética e interativa; foi com Florestan Fernandes, a quem conheci em vida, que rompi com a idéia de um sistema funcionalista único e foi um simples texto dele sobre como estudar uma tribo de índios, isolada, que emergiu em mim a possibilidade de usar outros métodos, além da dialética, o estrutural-funcionalismo. E desde então, embora eu use a dialética como método, dou vivas incursionadas noutros métodos e até fundo vários métodos para estudar e aplicá-los sobre alguma realidade.

Mas, como dizia, eu vivia uma certa inquietação. Não tinha como ler todos os clássicos, que dariam a arqueologia do saber de cada ciência, então pus-me a ler os resumos, dos autores franceses principalmente. E como estava certo, impossível era eu ler, dissecar e entender o pensamento de Hegel, mas foi lendo CONHEÇA HEGEL, de Roger Garaudy, que pude ler aos 27 anos entrar para dentro do sistema; é claro, comprei a pequena enciclopédia hegeliana e de Marx, e sabia muito, pois já vinha de 3 anos do curso de Sociologia e o lia no dia a dia.

Assim, fui fazendo o mesmo com todas as ciências e seus paradigmas, não estudando tudo, mas buscando compreender os pensamentos dominantes, na economia, já dominava Marx, foi-me fácil chegar em Ricardo e Adan Shimitz…Hume, Quesnay…tudo me virou uma facilidade.

Nesse período decidi abandonar todos os estudos formais. Fui no Direito e descobri um a um dos seus paradigmas: jusnaturalismo, positivismo e – é claro – apaixonei-me pela Teoria Dialética do Direito, enquanto vertente epistemológica do Direito.

Daí, fui para a Sociologia das Religiões e descobri o quanto tudo isso, mais o ocultismo de Pappus, tenho uma coleção de 20 livros somente de autores ocultistas mexeu comigo…e aqui acho que matei minha alma. Perdi a fé, fui tomado pela descrença e agora volto ao início desse artigo, Erich Fromm e A ARTE DE AMAR.

Com Fromm, descobri os vários amores, do pessoal ao inter-sexual. E como é complicado esse debate e a separação dos limites da amizade e do amor carnal.

E quantos amores existem assim em Santiago? Aposto que milhares, talvez as pessoas não saibam compreender, nem exteriorizar e nem abrir o debate, que é necessário.

Por fim, eu fiquei feliz demais por tudo, por ela saber que seremos apenas amigos nessa vida, com os campos bem delimitados, e ela vai seguir a vida dela, com o tempo, encontrar um esposo, constituir uma família, mas eu ficarei gravado na vida dela, como um amor diferente, puro, voltado para a edificação e para a espiritualidade, como era Jesus Cristo com Madalena.

O problema vai ser a NINA entender isso tudo. Minha filha é totalmente anormal para a idade dela.

Explico-a então que isso não agrada aos olhos de Deus; ela fica pensativa, pensativa…mas esse é o começo do amor em Fromm e nossa discussão local.


*Jornalista MTb-RS 11.75, Jornalista Internacional com registro de Editor nº 908225, Sociólogo e Advogado. Pós-graduado em Leitura, Produção, Análise e Reescritura Textual e também em Sociologia Rural.

Conservadores vencem eleições legislativas na Alemanha

Conservadores vencem eleição alemã e encerram era Scholz.

Jean-Philip Struck – DW

Friedrich Merz, o conservador "anti-Merkel" que liderou a CDU para o primeiro lugar na eleição antecipadaFoto: Kai Pfaffenbach/REUTERS
Friedrich Merz, o conservador “anti-Merkel” que liderou a CDU para o primeiro lugar na eleição antecipadaFoto: Kai Pfaffenbach/REUTERS

Sob a liderança de Friedrich Merz, União Democrata Cristã (CDU) vai voltar a formar maior bancada no Parlamento três anos após fim do governo Merkel, mas terá que negociar formação de coalizão para governar.

Em meio a um cenário de crise econômica e tensões geopolíticas, os alemães foram às urnas neste domingo (23/02) em eleições legislativas antecipadas para definir os novos membros do Parlamento (Bundestag).

A contagem final aponta que a conservadora União Democrata Cristã (CDU) combinada com seu parceiro bávaro, a União Social Cristã (CSU), foi a legenda mais votada do pleito, com cerca de 28,6% dos votos de legenda, cacifando o líder conservador Friedrich Merz a ocupar o posto de chanceler federal e substituir o impopular social-democrata Olaf Scholz na chefia do governo alemão.

Apesar de ter superado o Partido Social-Democrata (SPD) de Scholz, a CDU/CSU não assegurou maioria entre as 630 cadeiras no Bundestag. Assim, a legenda ainda terá que costurar alianças com outras siglas para solidificar a ascensão de Merz ao posto e garantir a formação de um governo estável, um processo que pode se arrastar por semanas.

Trump e Ucrânia: acordo de paz detona monopólio da guerra – Breno Altman

As forças de esquerdas devem apoiar TRUMP,  Breno Altman, jornalista judeu.

No programa 20 Minutos do Opera Mundi, o jornalista Breno Altman desmonta as complexidades por trás da relação entre Donald Trump e a Ucrânia, destacando como um possível acordo de paz poderia abalar o monopólio da indústria bélica e reconfigurar o cenário geopolítico global. Altman expõe os interesses econômicos e estratégicos que movem as potências mundiais, questionando o papel dos EUA e da OTAN no conflito ucraniano. O jornalista revela como o acordo de paz proposto pelos Estados Unidos para cessar-fogo na guerra da Ucrânia pode desafiar as estruturas de poder e os lucros da guerra, abrindo espaço para uma nova ordem internacional.

Vereadores do PL e do PT teriam chegado as vias de fato no interior do poder legislativo de Santiago? Ou foi só bate boca como dizem outros?

Foto oficial do parlamento de Deio Crestani
Foto oficial do parlamento de Deio Crestani

Vereadores do PL e do PT teriam chegado as vias de fato no interior do poder legislativo de Santiago, sendo que os vereadores Magdiel, do PL, e Déio, do PT, chegaram as vias de fato, outros negam o fato dizem que tudo se resumiu num bate boca, mas o fato foi acobertado pela imprensa de Santiago. E o fato ainda teve a intervenção de um terceiro vereador,  que se assustou quando explodiu e saiu do local.

Eu sei detalhes desde quando tudo começou e quando tudo terminou na quarta-feira, só esperei pela divulgação dos colegas de imprensa; como nada foi divulgado, ferindo a linha do meu blog, decidi abrir essa exceção e tornar o caso mais grave desde que o parlamento de Santiago existe, pois sempre houve respeito e fidalguia entre os pares da casa.

Vereador do PL de Santiago, Magdiel Bissaco
Vereador do PL de Santiago, Magdiel Bissaco

As informação preliminares dão conta de que o vereador Deio, PT, teria convidado os vereadores para um trabalho de limpeza  nos bairros. Como o vereador Magdiel não estava em Santiago, um assessor seu foi em seu lugar e isso atraiu a ira do vereador Magdiel. Deio  apareceu defendendo o assessor do PL que foi no mutirão de limpeza do PT e aí tudo começõu.

Estou narrando o fato porque é algo totalmente excepcional dentro do parlamento de Santiago e nunca tinha ocorrido. Ainda mais como foram os relatos que estão chegando a imprensa.