Identidades, laços entre mãe e filho

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Minha mãe foi a única pessoa no mundo que sempre me amou e sempre cuidou de mim com afeto e amor.

Certamente, ela sabe tudo que eu tenho passado com as crises de hipoclicemia e essa diabete descontrolada.

Tomara que os espíritas estejam certos, pois é muito gratificante ter a companhia espiritual de minha mãe. Hoje, deitei no sofá e peguei brevemente no sono. Cansado de passar acordado cuidando as crises, medindo a pressão e coletando sangue dos meus dedos, peguei cedo no sono e tive mais um sonho maravilhoso com minha mãe.

Eu sempre ouvi falar, nas histórias de nossa gente, em Florida, que quando estamos partindo os mortos acampanham ao nosso redor. Minha debilidade física é uma realidade e enfrento o crônico problema de não ter fome. Até como, mas muito a contragosto.

Anteontem a noite, em Santa Maria, fui obrigado a recorrer ao hospital em busca de insulina. É sempre um tormento. Sem saber o que fazer, liguei para minha amiga M. TABACOW, que é médica, embora esteja em SÃO PAULO. Ela sempre quer acolher a gente no Hospital fundado pelo seu avô, Manoel Tabacow, o Hospital Judaico Albert Einstein.  Pessoa humanitária, embora da mais alta elite paulista, é Boulos e votou no PSOL. É esse o lado dessa minha amiga que me fascina, é de esquerda, é Boulos e nem está aí para os preconceitos.

Recentemente, batizou numa criancinha dela com o nome de NINA e eu sei que foi uma homenagem a mim, embora fosse sua netinha, de sua filha que mora em Portugal. Mas, valeu por nossa amizade e os vieses palestinianos e judeus, eis que ela é judia.

Eu ainda quero descobrir como eu tenho um condão mágico de amizades com o pessoal de SÃO PAULO, embora no livro do advogado Simões, aqui de Santiago, tem uma história dos SOARES, família de miha mãe, que eram todos grandes assassinos e matadores, e todos vieram de SÃO PAULO para o Rincão dos Soares, aqui antes de Florida.

Gostei muito de saber a história dos SOARES, pois minha mãe era SOARES DE LIMA, esses me encantaram com suas histórias, eram genuinamente assassinos, matadores, bandidos, bondosos e justos. Descobri num livro de autoria do Advogado José Élvio Simões, aqui de Santiago, a história dos SOARES e – curiosamente – eram todos paulistas. Que ironia, ironia fina!!!

DEIO RANCHÃO SOARES era muito ligado a minha família e tinha um venerável respeito pela minha mãe, que fazia-lhe comida e chás de hortelãs. Deio ía em nossa casa pelos fundos, sempre sendo cassado, alimentava-se e dava muito amor a uma irmã, que era bem loirinha e bem magrinha, sendo uma criança ainda, segundo minha mãe me contava.

Por fim, hoje, quando fui buscar meu almoço, encontrei o meu prezado amigo Historiador Joaquim, um dos teóricos mais preparados na Igreja da Comunidade, tanto que faz missões na África e viagens a Israel. Gosto muito do Joaquim e somos amigos . Joaquim sabe que eu rompi com Israel por causa de GAZA. Sou antissionista mas não antissemita, apesar de viver no meio da insipiência.

Esse lado dos SOARES muitas vezes me preocupa. Pois é uma vertente incontrolável que temos dentro de nós: Somos todos assassinos, embora vivamos em paz e fugindo do nosso verdadeiro eu.

 

Prefiro falar com os espíritos em busca de um conselho decente, por isso alimento a fantasia dos sonhos com minha mãe para ir resistindo a doença que se abateu sobre mim.

 

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