Incrível a dimensão que ganhou este caso. O assunto nem deveria ser objeto de tanta controversa. Especialmente, para preservação da criança.
É evidente que o assunto é delicadíssimo.
Como eu sempre escrevi sobre o aborto, sou contra o aborto, sou pai de uma criança de 10 anos, resolvi deixar clara minha posição.
Pobre dessa menina. Merece o esquecimento. A ordem judicial deve ser cumprida. Uma criança de 10 anos de idade não tem a menor condição física e nem psíquica de ser mãe. Em certas ocasiões, a razão deve prevalecer, e tanto o juiz quanto o ministério público agiram com absoluta correção e bom senso.
Explorar – ideologicamente – um drama dessa natureza é o cúmulo do barbarismo. Este movimento que foi para a frente do hospital fazer demagogia merece a repulsa da sociedade brasileira. Isso é cinismo. Vão se coçar numa tuna.
É claro que o caso é complexo. Mas falar em inferno para uma criança estuprada é o cúmulo da insensatez.
Por fim, é evidente que minha filha está vendo tudo e assistindo a tudo. Então perguntei a ela, o que faria?
Nina me disse que é sempre contra o aborto, que deixaria nascer e daria o bebê para adoção, caso não quisesse. É claro, minha filha tem 10 anos. Creio que todas as meninas e meninos da idade estão acompanhando o caso.
O assunto é duro, complexo e espinhoso. Entendo as posições de ambos os lados, mas – como sempre disse – sou de posicionar-me sobre cada caso, em particular.
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Article Info:
- Title: O aborto, a teoria dialética do Direito e duas principais vertentes epistemológicas jurídicas
- Publish Date: Sun, 18 Jun 2017 06:05:00 0000
- Author: noreply@blogger.com (Julio Prates)
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In – O aborto e a teoria dialética do Direito – Revista Ponto de Vista/1986/Porto Alegre-RS.